segunda-feira, 16 de setembro de 2013

V Encontro Mundial de Pintura ao Ar Livre - 15 set 2013

Pintura ao Ar Livre





As raízes dessa prática remontam ao desejo dos artistas em produzir no quadro, os efeitos de uma “paisagem real”. Tal prática fez o gênero paisagem firmar-se na hierarquia acadêmica. Entretanto, no século XV ainda não poderia dizer pintura en plein air (expressão francesa que significa ao ar livre) e sim desenhar ao ar livre, isso porque as tintas e os equipamentos eram verdadeiros trambolhos, não sendo possível transportá-los. O máximo que poderia se fazer eram traços a lápis ou aguadas, para posterior finalização no atelier.
Um significativo passo a frente foi dado a partir de inovações trazidas pela Revolução inglesa do século XVIII. Além da estrada de ferro que facilitou a locomoção dos artistas, novos equipamentos e produtos de pintura passam a ser comercializados. A inserção da tinta a óleo em pequenos tubos, fáceis de transportar, foi uma conquista capaz de afetar profundamente o campo das artes. Além de facilitar a experimentação de novos tons, a bisnaga de tinta pronta encoraja os artistas a saírem em busca de seus motivos e a terminarem suas obras naquele momento – trabalho a la prima (iniciado e finalizado em uma única seção).
O efeito fugaz da luz sobre a paisagem passa a ser o principal atrativo da pintura ao ar livre; de modo que, o almejado efeito do real, dá lugar à celeridade pela captura. As pinceladas lisas e quase não aparentes são substituídas por pinceladas soltas, com cores intensas e ousadas. De forma irônica, os críticos caracterizam-na de apenas “impressões”. Surge então, o termo “impressionista”.
O grupo francês de pintores ao ar livre foi o primeiro a se consolidar por volta de 1830, reunidos na “Escola de Barbizon”. Embora receba a denominação de Escola, era um grupo informal de amigos, apaixonados por pintar en plein air, que se reuniam no entorno da floresta de Fontainebleau, com um mesmo intuito: aprender com a natureza. Na Itália, surge o grupo “I Macchiaioli” (1856); na  Holanda - Amsterdã, destaque para a “Escola de Haia”; em Portugal – Lisboa – grupo Leão (1880);  no Canadá “Grupo dos Sete” e em muitos outros países, como: Grã Bretanha, Escócia, Escandinávia, Espanha, Estados Unidos, estendeu-se o movimento. Importantes artistas marcaram a história, a exemplo: Claude Monet, Pierre-Auguste Renoir, Camille Pissarro e tantos outros.
No Brasil, a Pintura ao Ar Livre, teve origem na metodologia de ensino do professor Georg Grimm, pintor alemão que chegou ao país por volta de 1870. Grimn causou grande polêmica ao realizar esta prática no ensino oficial da Academia Imperial de Belas Artes do Rio de Janeiro (AIBA). Funda então, seu próprio atelier, seguido por seus alunos. O grupo cresce, despontando como seus expoentes máximos: Giovanni Battista Castagneto, Antônio Parreiras e Hipólito Boaventura Caron.
De lá para cá, muitas coisas tem mudado, inúmeros outros grupos se formaram e cada um deixando sua contribuição. Um exemplo seria o “Grupo Santa Helena”, formado em 1933 em São Paulo. Numa liberdade de pesquisa do espaço plástico, da cor e da forma, a Pintura ao Ar Livre de paisagens rurais transforma-se em urbanas e suburbanas. Nesse movimento destaque para: Alfredo Volpi, Francisco Rebolo e Mario Zanini.
Em 2001, um novo movimento de artistas fundou o Worldwide Paint Out  - Encontro Mundial de Pintura ao Ar Livre, coordenado pela International Plein Air Painters (IPAP). Trata-se de um encontro anual que acontece simultaneamente em várias locais do mundo, convencionalmente no segundo fim de semana do mês de setembro.
A cada ano, o movimento vem ganhando novos adeptos. Em 2009 foi a vez de Juiz de Fora ingressar no grupo, através da iniciativa da Confraria de Arte (grupo de artistas visuais de Juiz de Fora). Neste ano, 2013, nossa cidade comemora 5 anos de participação no evento. Temos o prazer de recebê-los: artistas, familiares ou apreciadores da arte, no grupo de Juiz de Fora. Juntem-se a nós.

Dia 15 setembro, no Parque do Museu Mariano Procópio, de 9h as 13h.

Marcillene Ladeira
membro do grupo
Cartaz do Encontro



Tiago

Jesrael 


Valleria e suas alunas bordando...
Rose Valverde pintando...

Tiago e Rose Valverde

Vâneza Lara, Lívia e Marcia Marques.
Raquel Gouvêa

Valleria Gouveia
























Valeria

Marcillene Ladeira e Marcia Marques



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