
“Minha obra é como a própria natureza: vai crescendo, vai amadurecendo”, apresenta o artista plástico Adauto Venturi, há mais de 30 anos na profissão, contabilizando diversas exposições.

Já pensou em ter sua casa ocupada por um artista plástico? Penso, ainda, em ter seu espaço modificado por um artista? Pois é isso que a mostra Moradas do Íntimo, em exposição na capital brasileira propôs. Dez casas serviram de ponto de partida para intervenções criadas por um artista plástico em consonância com o morador. O resultado é uma produção repleta de lirismo e muita sensibilidade, capaz de desvendar questões íntimas de cada morada. Para conferir um pouco desses trabalhos basta acessar o site criado pela organização:
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Vídeo realizado por Igor Vinícius, do Encontro Mundial de Pintura ao Ar Livre
Assista!
O encontro, que acontece a partir das 9h, em frente ao Cine-Theatro Central, permitirá que o público conheça de perto as obras de diversos artistas, que estarão trabalhando no local. Além de técnicas de pintura variadas, haverá espaço para o graffiti e a cerâmica. A agitação cultural também ficará por conta da apresentação de performances.
Embora pintores de outras cidades da região tenham confirmado presença, a Confraria das Artes não tem uma estimativa do número de participantes. “Como o encontro é aberto, não podemos saber quantas pessoas estarão presentes. As expectativas são boas, mas não é algo pretensioso, porque esse é o nosso primeiro evento”, diz o assessor da entidade, Mauro Morais.
Aproximação com o público“Nossa intenção é aproximar o público de Juiz de Fora da arte e, com isso, fazer com que o debate sobre o tema aumente”, sintetiza a artista plástica Ana Emília. Com experiência no desenho e na pintura, ela se dedica ao graffiti há dois anos. A proposta de Ana para o encontro é criar um painel coletivo com outros grafiteiros da cidade. “Não sei quantas pessoas vão aparecer, mas convidei todo mundo que conhecia”, conta.
“O público nem sempre tem tempo de entrar em uma galeria. Por isso, essa é uma oportunidade de as pessoas conhecerem o trabalho que é realizado na cidade”, complementa o artista plástico Leonardo Paiva, integrante da confraria. Ao que parece, a espontaneidade será um dos trunfos dos artistas. Segundo o pintor, a produção será pautada pela perspectiva de cada participante diante da movimentação no calçadão, a exemplo do que faziam os pintores da virada do século XIX para o XX. “Pintar ao ar livre era uma tradição dos impressionistas. Eles chegavam aos locais e faziam o registro artístico daquele momento”, explica Paiva.
Organizada para fomentar a discussão sobre a arte e os rumos desse mercado na cidade, a confraria não conta com presidente ou diretor. Por esse motivo, o grupo foi o primeiro a se cadastrar no International Plein Air Painters (IPAP) como coletivo e não como pessoa física, conforme acontece habitualmente. “Com essa opção, tentamos evitar conflitos de relacionamento entre os integrantes e garantir mais abertura. Assim, as pessoas têm acesso à entidade de um modo mais fácil”, explica Mauro Morais. De acordo com ele, o encontro ao ar livre é coerente com a proposta da confraria, que, atualmente, reúne cerca de 30 artistas. “A meta é sair para a rua e levar nosso discurso, apresentar nosso potencial”, define.
ENCONTRO DE PINTURA AO AR LIVRE
No dia 20 de agosto, a Casa de Cultura da UFJF abre suas portas para mais uma exposição selecionada pelo edital promovido no início do ano. A fotógrafa Fabiana Cruz apresenta o trabalho desenvolvido na Central Única das Favelas (CUFA) desde 2003, em projeto que pretende criar um arquivo fotográfico da organização.
A mostra “Foco 1” contará com 84 fotografias de estilos variados que abrangem o universo de esporte, artes e dança. “É um momento único, pois está retratado ali o meu crescimento como pessoa e o meu aprimoramento profissional no segmento em que optei trabalhar”, avalia Fabiana.
No mesmo dia da abertura da exposição, a Casa de Cultura receberá Nega Gizza, cantora e fundadora da CUFA. Durante a tarde, a artista e ativista social terá um encontro com os jovens envolvidos no projeto Educação e Cultura Geracional, moradores dos bairros São Pedro e Dom Bosco.
Aprovado pelo Ministério da Cultura, o projeto Educação e Cultura Geracional agrega agentes culturais dos bairros, valorizando a produção artística local, e tem o objetivo de ampliar o acesso dessas comunidades aos equipamentos, produtos culturais e artísticos fornecidos pela Universidade.
À noite, às 19h, Nega Gizza participa uma mesa-redonda com a integrante do coletivo feminista Maria Maria – Mulheres em Movimento Fabíola Paulino, que debaterá sobre a mulher negra na sociedade e o coletivo em Juiz de Fora.
Conhecida pelo envolvimento com a cultura de periferia, Giselle Gomes Souza, a Nega Gizza, é carioca e desde cedo descobriu o talento para a música. Cantora premiada pela voz de timbre marcante, ela foi a primeira locutora de uma rádio de rap, tarefa que ainda exerce.
Nega Gizza fundou a CUFA junto a dois grandes parceiros na música, o rapper MV Bill e o produtor Celso Athayde, numa iniciativa de valorização da cultura nas favelas brasileiras. Além disso, ela preside o núcleo Maria Maria da ONG, com projetos destinados apenas às mulheres, figuras presentes em toda a sua obra musical.
Na mesa-redonda, Nega Gizza vai apresentar vídeos e comentar projetos desenvolvidos, como o CineCUFA, festival destinado às produções de moradores de favelas; a Liga Brasileira de Basquete de Rua (LIBBRA), que consiste na realização de circuitos do esporte em diversas regiões do país; o Hútuz, maior premiação do Hip-Hop na América Latina, entre outras iniciativas promovidas pela organização a fim de promover a cultura desenvolvida nas favelas de todo o Brasil.
Exposição: Abertura - 20 de agosto 2009 - 20h00
Período de visitação: 21 de agosto a 02 de outubro de 2009
Horário: segunda à sábado - 14 às 18h00
JUIZ DE FORA - 17/8/2009 - 11:05 - Site do PJF
Lei Murilo Mendes – Funalfa divulga classificados para fase final de avaliação
Centro e quarenta e quatro projetos foram classificados para a fase final de avaliação da Lei Murilo Mendes de Incentivo à Cultura – Edição 2009. A lista completa pode ser conferida no site da Prefeitura de Juiz de Fora (PJF) ou na sede da Funalfa, no Parque Halfeld, pelo número do protocolo de inscrição. Foram aprovadas na segunda etapa de julgamento, as propostas que obtiveram nota igual ou superior a 80 pontos, em uma escala de zero a cem, atribuída por consultores contratados pela Funalfa. Na última etapa, os projetos classificados serão avaliados pela Comissão Municipal de Incentivo à Cultura (Comic), que também atribuirá notas de zero a cem, considerando os mesmos critérios utilizados pelos consultores e estabelecidos em edital: consistência, exequibilidade, efeito multiplicador e impacto cultural. Os proponentes que não obtiveram valor mínimo de 80 pontos em seus projetos têm até a próxima sexta-feira, 21, para entrar com recurso, solicitando reexame. A orientação é procurar a Secretaria da Lei Murilo Mendes, na sede da Funalfa, das 9h às 12h e das 14h às 18h, para protocolar o pedido, sem cobrança de taxa. A nova avaliação não será feita pelo mesmo consultor que atribuiu a primeira nota. Diferente dos anos anteriores, e como previsto em edital, será indicado outro avaliador, de modo que haja uma visão diferenciada sobre a proposta. A expectativa da Funalfa é de que o resultado final da Lei Murilo Mendes seja divulgado na última semana de setembro. Serão aprovadas as propostas que obtiveram maior média aritmética no somatório das notas atribuídas pelos consultores e pela Comic. Nesta edição, o valor total de recursos destinados ao financiamento dos projetos aprovados é de R$ 1 milhão, com contingenciamento de 30%, conforme previsto no Decreto Municipal 09764/09.
Confira o número de protocolo dos projetos classificados para a última etapa:
001/09; 004/09; 005/09; 006/09; 009/09; 010/09; 011/09; 012/09; 014/09; 017/09; 019/09; 022/09; 029/09 031/09; 033/09; 034/09; 035/09; 036/09; 037/09; 038/09; 041/09; 042/09; 043/09; 044/09; 045/09; 046/09; 047/09; 048/09; 050/09; 055/09; 059/09; 063/09; 064/09; 065/09; 066/09; 068/09; 069/09; 071/09; 073/09; 074/09; 075/09; 076/09; 080/09; 081/09; 084/09; 087/09; 088/09; 093/09; 094/09; 096/09; 097/09; 100/09; 101/09; 103/09; 104/09; 105/09; 109/09; 113/09; 114/09; 117/09; 119/09; 121/09; 124/09; 125/09; 128/09; 129/09; 132/09; 133/09; 134/09; 137/09; 141/09; 148/09; 152/09; 153/09; 154/09; 155/09; 157/09; 158/09; 159/09; 160/09; 163/09; 165/09; 166/09; 168/09; 170/09; 173/09; 177/09; 178/09; 182/09; 183/09; 184/09; 188/09; 189/09; 190/09; 194/09; 195/09; 197/09; 199/09; 201/09; 208/09; 213/09; 217/09; 218/09; 220/09; 226/09; 228/09; 230/09; 239/09; 242/09; 245/09; 247/09; 248/09; 250/09; 252/09; 255/09; 257/09; 264/09; 268/09; 269/09; 270/09; 271/09; 272/09; 273/09; 276/09; 278/09; 280/09; 283/09; 284/09; 288/09; 292/09; 297/09; 301/09; 302/09; 303/09; 308/09; 309/09; 310/09; 314/09; 315/09; 321/09; 325/09; 329/09; 335/09; 337/09.
Apoiar financeiramente projetos pedagógicos que integrem Cultura e Educação e visem contribuir para um sistema de ensino com melhor qualidade. Esse é o objetivo do Bolsa Agente Escola Viva 2009. Com recursos de mais de R$ 4,3 milhões, a Secretaria de Cidadania Cultural do Ministério da Cultura (SCC/MinC) disponibilizará 300 bolsas para Pontos de Cultura que desenvolvam iniciativas em parceria com escolas e organizações estudantis. O valor recebido por cada proposta selecionada será de R$ 43.680,00, a serem divididos entre os parceiros que desenvolverão a iniciativa, da seguinte forma: R$ 10 mil para o Ponto de Cultura; R$ 20 mil para a instituição educacional; R$ 5 mil para o professor coordenador do projeto; e o restante em três bolsas mensais de R$ 380,00, por um ano, para os estudantes participantes. No período de 15 de julho até 28 de agosto, os proponentes poderão inscrever junto à SCC/MinC o projeto pedagógico de caráter cultural conforme as especificações do edital, acompanhado da documentação exigida.
Veja edital no site http://www.cultura.gov.br/
Fonte: MinC
Acho importante sim conhecer o outro, pois só assim podemos compreender o que move cada um. Criar esta identidade dentro de um coletivo passa pela visão de cada um e pela maneira como cada qual o outro, ou como cada um se posiciona em relação ao grupo em que está inserido.
Quando trabalhei na FUNALFA, na década de 90, tive a vontade de reunir vários artistas de JF e começamos a criar primeiramente um cadastro que deu origem a um banco de dados e daí começamos a direcionar projetos e exposições que reuniram artistas iniciantes e também os mais experientes e esta troca foi muito importante na época. Sempre achei primordial incentivar aqueles que estavam começando e sempre sentimos a falta em Juiz de Fora de uma estrutura que permitisse ao artista divulgar melhor o seu trabalho, assim como, ajudá-lo a alavancar sua própria carreira. Desenvolvemos vários projetos que reuniam outras atividades paralelas como a música, poesia e dança por acreditarmos desde então que a formação de público para a artes plásticas em Juiz de Fora era muito restrita e achávamos que unir atividades artísticas poderia atrair um público mais variado e que aos poucos iriam se apropriando de outras atividades antes desconhecidas para eles.
A Lei Murilo Mendes surgiu como uma das alternativas para o artista divulgar e ampliar o seu trabalho mas desde seu inicio foram poucos os artistas plásticos que tiveram propostas inscritas. Tenho certeza que não é por falta de projetos nem falta de idéias, mas sim falta de uma estrutura organizacional que possa ajudar aos artistas a concretizarem seus projetos.
De minha parte senti muito desanimada com o mercado em JF e desde 2005 não faço uma exposição individual. Tenho preferido atuar mais na área de arte-educação e tenho me dedicado muito a dar este incentivo a jovens alunos que percebo que tem muito talento, mas pouca iniciativa e capacidade de perseguir seus sonhos e realizá-los.
Atualmente tenho me voltado mais para a fotografia do que o desenho, apesar de reconhecer que minha paixão será sempre o desenho, mas a minha necessidade de expressão atualmente passa por outros caminhos. Já não preciso ver meus quadros sendo vendidos para me sentir realizada ou não acho mais que preciso viver de arte, mas fazer de todas as atividades que exerço uma manifestação artística.
Houve um tempo em que achei que colecionar prêmios em salões e realizar exposições de sucesso seria a realização total para qualquer artista. Hoje acho que toda está estrutura do mercado de arte é questionável. Quem pode dizer o que é arte ou não é? Quem pode dizer que um trabalho é melhor que outro trabalho? E finalmente quem pode ser capaz de determinar quem vai para a posteridade e quem vai ser esquecido após a sua morte?
Acho que me sinto mais feliz realizando um trabalho com uma preocupação estética e procurando agregar mais valores aos serviços que faço de design ou de decoração e sei que a diferença está no quanto de paixão que adicionamos ao ingrediente básico do nosso dia-a-dia.
Já fui muito idealista, sonhadora, andei muitas vezes com pastas e mais pastas embaixo do braço tentando divulgar e vender minhas idéias. Ás vezes sinto que fiquei menos audaciosa, outras sinto que fiquei mais consciente e pé no chão, enfim acho que o mais importante é acompanhar a evolução do mundo, da arte, dos conceitos e tentar fazer tudo da maneira melhor possível e principalmente da maneira que nos faça mais feliz. Afinal, eu costumo dizer que precisamos fazer da vida uma arte e da arte um alimento para a vida, e isto eu tenho procurado colocar como meta para continuar o meu caminho.
Rose Valverde
Profa. de Artes no CEM – Centro de Educação de Jovens e Adultos – Desenho artístico, desenho de moda e desenho em quadrinhos; Designer gráfico; web designer; Decoradora e Produtora cultural. Cursando pós-graduação em Arte, Cultura e Educação pela UFJF /Belgo Arcelor.
Lei Murilo Mendes – 125 projetos são eliminados na primeira etapa de avaliação
Fonte: Site da PJF
A primeira etapa de avaliação dos projetos inscritos na edição 2009 da Lei Murilo Mendes de Incentivo à Cultura eliminou 125 dos 338 projetos inscritos. Foram desclassificadas 33 propostas na área de Música, 29 em Literatura, 14 em Artes Cênicas, 14 em Artes Visuais, 11 em Audiovisual, nove em Patrimônio, Memória e Identidades Culturais, três em Pesquisa e 12 em Outras. A fase inicial refere-se à análise documental. A não apresentação dos documentos exigidos em edital implica em eliminação automática das propostas inscritas, independente da qualidade das mesmas. Conforme previsto no edital, não cabe recurso nesta etapa do processo.
A segunda fase de avaliação da Lei Murilo Mendes, que corresponde à análise de conteúdo, feita por consultores contratados pela Funalfa, já está em andamento e a previsão é de que os resultados sejam divulgados na próxima semana. Neste estágio do processo, cada proposta é avaliada por um profissional ligado à área na qual o projeto foi inscrito, considerando os critérios estabelecidos no edital: consistência, exequibilidade, efeito multiplicar e impacto cultural. Os consultores atribuem notas de zero a cem, sendo que somente os projetos com nota igual ou superior a 80 pontos são encaminhados para a fase final de avaliação. Os proponentes que obtiverem nota inferior a 80 terão direito a pedido de reexame, em um prazo de cinco dias úteis, a partir da data de publicação do resultado.
Na etapa final, a Comissão Municipal de Incentivo à Cultura (Comic) avalia os projetos, atribuindo notas também entre zero e cem, utilizando os mesmos critérios dos consultores. Serão aprovadas as propostas que obtiverem maior média aritmética no somatório das notas atribuídas pelos consultores e pela Comic. A previsão é de que o resultado final seja divulgado na última semana de setembro. Nesta edição da Lei Murilo Mendes, o valor total dos recursos destinados ao financiamento dos projetos aprovados é de R$ 1 milhão, com contigenciamento de 30%, conforme previsto no Decreto Municipal 09764/09.
Número de inscrição dos projetos eliminados
002/09; 013/09; 015/09; 016/09; 021/09; 024/09; 025/09; 027/09; 039/09; 049/09; 052/09 056/09; 058/09; 060/09; 061/09; 062/09; 078/09; 079/09; 082/09; 085/09; 090/09; 098/09; 099/09; 102/09; 106/09; 107/09; 110/09; 112/09; 115/09; 118/09; 122/09; 127/09; 130/09; 138/09; 139/09; 144/09; 145/09; 146/09; 147/09; 149/09; 150/09; 161/09; 164/09; 171/09; 172/09; 174/09; 175/09; 176/09; 179/09; 180/09; 181/09; 185/09; 186/09; 191/09; 192/09; 196/09; 198/09; 202/09; 204/09; 205/09; 206/09; 207/09; 209/09; 212/09; 215/09; 216/09; 217/09; 219/09; 221/09; 222/09; 224/09; 225/09; 227/09; 229/09; 231/09; 232/09; 233/09; 235/09; 238/09;241/09; 243/09; 244/09; 246/09; 249/09; 251/09; 256/09; 258/09; 260/09; 261/09; 262/09; 265/09; 266/09; 274/09; 275/09; 281/09; 282/09; 285/09; 286/09; 287/09; 289/09; 291/09; 293/09; 294/09; 295/09; 298/09; 299/09; 300/09; 301/09; 305/09; 306/09; 307/09; 311/09; 313/09; 316/09; 318/09; 320/09; 322/09; 323/09; 324/09; 327/09; 328/09; 330/09; 332/09; 336/09; 338/09.
40 ANOS DE WODSTOCK – A ENCRUZILHADA DA CONTRACULTURA
CICLO DE DEBATES
10 a 14 / 18 a 21 de Agosto de 2009
LOCAIS:
ANFITEATRO JOÃO CARRIÇO (Exibição de filmes e debates)
ESPAÇO CULTURAL MEZCLA (Mesas Redondas, debates e show)
Mais do que apenas um evento que marcou uma era da música popular mundial o festival de Woodstock tornou-se um dos símbolos mais fortes da chamada “contracultura” em seu período de maior ebulição. Partindo dessa idéia, “40 ANOS DE WOODSTOCK – A encruzilhada da Contracultura” tem como objetivo propiciar um espaço para reflexão sobre este fenômeno social, suas influências sobre a cultura, o comportamento e seus desdobramentos políticos.
Dentro desta perspectiva serão realizados debates, exibição de vídeos e de fotos do período (não só relacionados ao Festival, mas abarcando a questão da contracultura), exposição de capas de vinis, apresentação musical, entre outros.
Vale destacar que a referida contracultura se constituiu em um conjunto de manifestações das mais diversas naturezas que colocaram em cheque paradigmas da civilização ocidental contribuindo para o avanço de causas como ecologia e desenvolvimento sustentável, busca por alimentação mais criteriosa, direitos das mulheres e dos homossexuais, igualdade racial, abertura a diferentes formas de espiritualidade, entre outros.
PROGRAMAÇÃO:
EXIBIÇÃO DE FILMES (Seguida de debates):
(ANFITEATRO JOÃO CARRIÇO – 19:00h)
ENTRADA FRANCA
- DIA 10 DE AGOSTO, SEGUNDA-FEIRA
Zabriskie Point (1970) - EUA
Direção: Michelangelo Antonioni
Duração: 110 minutos
Sinopse: Lançado em 1970, aborda uma das expressões da contracultura dos EUA na época. O filme conta a história de um jovem casal — uma jovem secretária idealista e um militante radical — para transmitir uma mensagem "anti-establishment". Daria, estudante de antropologia que está ajudando a construir uma cidade no deserto de Los Angeles; e Mark, rapaz que largou os estudos e está sendo procurado pela polícia sob suspeita de ter assassinado um policial durante um tumulto estudantil. A trilha musical inclui Pink Floyd, The Youngbloods, The Kaleidoscope, Patti Page, Jerry Garcia, e Grateful Dead. No Brasil este filme foi proibido pela Ditadura Militar na década de 1970.
- DIA 11 DE AGOSTO, TERÇA-FEIRA
Across The Universe (2007) – EUA
Direção:
Duração: 133 minutos
Sinopse: Musical que recria a partir das canções dos Beatles o turbulento período da década de 1960 e as transformações comportamentais vividas pela juventude.
- DIA 12 DE AGOSTO, QUARTA-FEIRA
Psych Out (1968) – EUA
Direção: Richard Rush
Duração: 82 minutos
Sinopse: No auge da cultura psicodélica, Psych-Out é centrado sobre o personagem da fugitiva Jennie (Susan Strasberg), abrigada por uma comunidade hippie onde uma banda de rock liderada pelo freak Stoney (Jack Nicholson) encarrega-se de dar-lhe apoio para que encontre o irmão Steve (Bruce Dern). Vítima de um trauma familiar, Jennie é surda, mas tem a capacidade de compreender a linguagem dos novos amigos através dos movimentos labiais. Determinada a encontrar Steve a qualquer custo, ela circula pelo underground de San Francisco. Vigoroso registro da Cultura Flower Power feito em pleno momento de sua vigência.
OBS. Legendas em espanhol
- DIA 18 DE AGOSTO, TERÇA-FEIRA
Woodstock (1970) – EUA
(Parte 01)
Direção: Michael Wadleigh
Duração: 116 minutos
Sinopse: 1969... Martin Luther King e Robert Kennedy estavam mortos a tiros. A guerra do Vietnã era francamente repudiada e constestada... Em agosto desse mesmo ano, mais de 500.000 pessoas se reuniram em uma pequena fazenda, nos arredores de Nova York para celebrar, durante mais de três dias com muito Rock and Roll e espírito comunitário. Mais do que palavras de ordem, paz e amor garantiram o maior festival da música do planeta. No ano seguinte, o mundo pôde assistir ao primeiro e único filme sobre esse encontro mágico, grande vencedor do Oscar de Melhor Documentário em 1994.
- DIA 19 DE AGOSTO, QUARTA-FEIRA
Woodstock (1970) – EUA
(Parte 02)
Direção: Michael Wadleigh
Duração: 143 minutos
- DIA 20 DE AGOSTO, QUINTA-FEIRA
Balada de Jack e Rose (2005) – EUA
Direção: Rebecca Miller
Duração: 112 minutos
Sinopse: Sobrevivente do pensamento livre dos anos 60/70, Jack é o último morador de uma comunidade hippie em uma ilha recentemente invadida pela especulação imobiliária. Carregado de idealismo, Jack criou sua filha Rose acreditando protegê-la do inóspito mundo pós-moderno. Por trás de uma rotina aparentemente idílica insurge os tormentos de uma doença terminal e o desabrochar da adolescência.
- DIA 21 DE AGOSTO, SEXTA-FEIRA
Kerouac o rei dos Beats (1986) – Alemanha
Direção: Klaus Maeck
Duração: 55 minutos
Sinopse: Documentário aborda vida e obra de Jack Kerouac, um dos principais escritores da geração Beat, autor do livro On The Road, influência fundamental para os movimentos contraculturais dos anos 60.
DEBATES:
(ESPAÇO CULTURAL MEZCLA – 20:00h)
ENTRADA FRANCA
- DIA 13 DE AGOSTO, QUINTA-FEIRA
Mesa redonda : 40 anos de Woodstock – A encruzilhada da contracultura
“Ecos de 1968 em Juiz de Fora: o movimento marginal” – Profª. Drª Christina Musse, jornalista e doutora em comunicação e cultura pela UFRJ; profª do curso de graduação em comunicação social da UFJF e membro do programa de pós-graduação da UFJF; autora do livro: Imprensa, Cultura e Imaginário Urbano: exercício de memória sobre os anos 60 / 70 em Juiz de Fora.
“Presença da Contracultura na Poesia Brasileira dos Anos 70” – Profº Drº André Monteiro, professor do Mestrado em Letras da UFJF.
“Beat: Uma Geração Pioneira” – Drª. Valéria Leão Ferenzini.
“Política e Sociedade na Contracultura” – Edwald José Winand, historiador formado pela UFJF, com pós-gradução em Filosofia e livreiro.
Introdução, apresentação e mediação de Bruno Tuler, Historiador com pesquisas na área de história da Música Popular e do Carnaval e Pós-graduando pela Universidade Federal de Juiz de Fora.
Exposição de Capas de Vinis.
- DIA 14 DE AGOSTO, SEXTA-FEIRA
ENTRADA FRANCA
Mesa redonda: Contracultura e seus ecos na música popular do Brasil.
(ESPAÇO CULTURAL MEZCLA – 20:00h)
Exposição de Capas de Vinis.
SHOWS:
- DIA 14 DE AGOSTO, SEXTA-FEIRA
(ESPAÇO CULTURAL MEZCLA – 22:00h)
OBS. SERÁ COBRADO COUVERT ARTÍSTICO
PROGRAMAÇÃO
QUINTETO SÃO DO MATO - Revezando-se nos instrumentos, os músicos vão do embalo dos ritmos latinos, passando por toques africanos, até as músicas ciganas do Meio Oriente, além dos diversos ritmos brasileiros, como: samba, choro, frevo, maracatu baião. Formado em Juiz de Fora por Chadas Ustuntas (Ordu- Turquia), Márcio Guelber (Juiz de Fora), Henrique Novaes (Lima Duarte), Maíra Delgado (Lima Duarte) e Nara Pinheiro (Juiz de Fora), o quinteto São do Mato vem buscando através do dialogo de ritmos e melodias tradicionais da Turquia e do Brasil, uma identidade musical que não é limitada por fronteiras.
FERRO VELHO - Juiz de Fora volta aos anos clássicos do Rock’n Roll e do Soul. A banda Ferrovelho chega para uma viagem aos anos 60 e 70 com referências ao tropicalismo e ao melhor do rock inglês e norte-americano: Led Zeppelin, Deep Purple, Aerosmith, Pink Floyd, Janis Joplin, Secos e Molhados e Mutantes. A banda Ferrovelho foi fundada em 2003 pela vocalista Monique Leitão. O outro integrante mais antigo é o guitarrista Corélio. De lá para cá, a banda sofreu algumas alterações e, além destes dois, é formada, atualmente, por Giovanni Stroppa na guitarra, Fred Fonseca no baixo e João Cordeiro na bateria.
FBI - Com Danniel Goulart (violão e vocais), Edson Leão (violão e vocais) e Luiz Lima (percussão e vocais). MPB e rock em versões acústicas, com ênfase nos arranjos vocais e no swing da percussão. No repertório, clássicos dos anos 60 e 70 (Beatles, Santana, Mutantes, etc.) e MPB de nomes como Alceu Valença, Zé Ramalho, Chico Buarque, entre outros.
ORGANIZADORES:
Edson Leão Ferenzini – Músico e Jornalista, formado pela UFJF com Mestrado em Teoria da Literatura e pesquisas relacionadas à influência da contracultura sobre a Música Popular Brasileira. É também professor da Faculdade de Comunicação da Universidade Presidente Antônio Carlos (Unipac) em Juiz de Fora.
Valéria Leão Ferenzini – Doutora em História Social pela UFRJ.
Edwald José Winand – Historiador formado pela UFJF, com pós-gradução em Filosofia e livreiro.
Bruno Tuler – Historiador com pesquisas na área de história da Música Popular e do Carnaval e Pós-graduando pela Universidade Federal de Juiz de Fora. Também atua como letrista em parcerias com vários compositores juizforanos.
APOIO:
Funalfa
Cultural Bar
C.A. de História do CES
Liberdade Livros
Em O Artífice, o sociólogo americano Richard Sennett revela a harmonia primordial entre a mão e a mente
Ubiratan Brasil - O Estadao de S.Paulo
Fazer é pensar. A partir desse pressuposto, o sociólogo americano Richard Sennett estrutura, em O Artífice (tradução de Clóvis Marques), a instigante ideia de que o trabalho manual não industrializado, no passado e no presente, sempre esteve e está conectado a valores éticos. Com isso, desenvolve o raciocínio de que é possível cada um aprender sobre si mesmo através do ato de produzir.
Professor da London School of Economics e um dos mais importantes especialistas da atualidade em temas como classes e cidades, Sennett estuda, com impressionante agudez, o conjunto de transformações sociais ocorridas ao longo dos últimos séculos. O espaço urbano é o ambiente ideal para sua pesquisa, que busca compreender como funciona a sociedade contemporânea. Resultam daí obras como Carne e Pedra, A Corrosão do Caráter, Autoridade e A Cultura do Novo Capitalismo.
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O Artífice - Richard Sennett – Editora Record - 364 páginas, R$ 49
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